… Mas sem perder a ternura, jamais! Enivaldo Gonçalves sempre foi um sujeito de boa paz, até a hora em que sentia ameaçados os direitos da classe trabalhadora que tão bem representou e defendeu. Menino pobre numa cidade rica, aos onze anos foi emancipado para tirar a Carteira de Trabalho e ajudar sua mãe no sustento da casa e na criação de seus irmãos e irmã – trabalhava no Hotel Casablanca e morava na Rua Teresa. Nesse trajeto, todos os dias escutava os gritos e lamentos dos presos na Delegacia de Polícia que ficava na entrada da rua 24 de Maio – vivíamos então os “anos de chumbo” da ditadura civil-militar. E disso lembrava até seus últimos dias, como ficou registrado no depoimento que prestou para a Comissão Municipal da Memória, Verdade e Justiça de Petrópolis. Incansável lutador das causas sociais, Enivaldo iniciou sua vida pública liderando a greve dos servidores municipais em 1979, e que proporciono...
Análises e propostas para a cidade e outras questões.